A morte com sarcasmo ao ver-me brada
E lança o gargalhar decerto espúrio
Minha alma acostumada com perjúrio
Olhando de viés fica calada.
A sorte há tanto tempo abandonada
Ouvindo da esperança algum murmúrio
Destino procurando quem depure-o
Percebe quão vazia a minha estada.
As horas me devoram e não resta
Senão esta figura que, funesta
Aguarda bem tranqüila o ato final.
E a morte amortalhada em negros trajes
Sorrindo e blasfemando seus ultrajes
Demonstra o seu orgulho triunfal...
quinta-feira, 21 de janeiro de 2010
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