quinta-feira, 21 de janeiro de 2010

23187

A vida pra quem sonha é tão penosa
As dores cultivadas no jardim
Volvendo a cada instante dentro em mim,
O medo se espalhando em toda rosa.
Levara a sorte ao menos, vaporosa,
Vagando por espaços sem ter fim,
Vislumbro amanhecer e sei assim
Que a sorte muitas vezes é danosa.
O quanto imaginara soberano
No fundo apenas restos do que tive,
Minha alma tão somente sobrevive,
Aguardando o final, abaixa o pano
E a peça mal escrita já termina
Selando com a morte a negra sina...

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