quinta-feira, 21 de janeiro de 2010

23230

Sentindo esta presença tão cruel
Da fera atocaiada numa esquina
Escondo o meu olhar, abaixo o véu
E o medo deste bote me domina.
A morte também fera em seu papel,
Ao mesmo tempo assusta e me fascina,
Girando como fosse um carrossel
Bebendo desta fonte cristalina
Amortalhado sonho não me ilude
Viver além do quanto ainda posso
Por mais fragilizado e sem saúde
Apenas reação ainda esboço
E cerco-me de estrelas fumegantes
O fim já se aproxima em tais instantes...

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