quinta-feira, 21 de janeiro de 2010

23222

Figura cambiante, transtornada
Vestida de ilusão finge pensar
Que ainda existe tempo pro luar
Não vê a morte exposta na calada.
O vento que pensara uma lufada
Terrível tempestade a se formar,
Os sonhos esquecidos nalgum bar
Durante o meu passado, madrugada.
Agora não consigo mais saber
Aonde se escondeu a estrela guia
Mortalha revestindo a poesia
Cansado de lutar e de viver.
Olhando para o espelho vejo em mim
As marcas tão profundas do meu fim...

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