quinta-feira, 21 de janeiro de 2010

23186

A senda tantas vezes tenebrosa
Por onde procurara uma esperança
Espinhos decorando toda rosa
Na ponta dos teus dedos, fina lança.
E quando vejo imagem vaporosa
Beleza sem igual, a vista alcança;
Mas logo a realidade chega e avança
Matando esta alegria caprichosa...
Ao novo amanhecer se o sonho atreve
Encontra pela frente o frio e a neve
Nas mãos os velhos calos, nada além.
E teimo em procurar a fantasia
Que a cada amanhecer de novo adia
E com certeza, amigo, nunca vem...

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