quinta-feira, 21 de janeiro de 2010

23212

Olhando para o céu sigo esgotado
Depois de ter lutado a vida inteira
Reluto e bebo as gotas do passado,
A morte minha amiga derradeira
Deitando mansamente do meu lado,
Estrela de minha alma, corriqueira,
O tempo se demora e maltratado
Não tenho mais sequer quem inda queira;
Vazio um pária segue nas sarjetas
Pensara ser apenas quais cometas
Que um dia voltarão; inútil sonho.
Do escuro que surgi; ao mesmo volto
Os trunfos que guardei; aos poucos solto
E o fim turvo e vazio, assim componho...

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