quinta-feira, 21 de janeiro de 2010

23208

Caminho por um vale feito em trevas
Escuros os desvios e os atalhos,
Nos dedos e nas mãos profundos talhos
As dores permanecem, são longevas
Escravo das estúpidas mentiras
Que tanto apregoaste no passado,
O passo muitas vezes destroçado
Dos sonhos nem sequer pequenas tiras.
Resumo a minha vida no não ser
Servil, envilecido nada quero
O gosto do prazer amaro e fero
Impede um claro e belo amanhecer.
Somente a morte molda a fantasia
Quem sabe, nos seus braços, a alegria...

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