quinta-feira, 21 de janeiro de 2010

23207

Os ídolos com pés feitos de barro,
Mentiras repetidas são verdades,
Comprando as mais diversas falsidades
Nas mãos da poesia eu já me agarro.
E teimo em correnteza, não desgarro
Apenas não direi mais veleidades
Por mais que se permitam liberdades
A boca não engole mais o escarro.
Eu sinto esta falência em toda parte
Assassinaram; toscos, a bela arte
E profanaram dela, a sepultura.
Depois são baluartes da esperança,
O fardo; não carrego nem me alcança
Apenas tenho pena da cultura...

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