quinta-feira, 21 de janeiro de 2010

23215

Vencido desde já um tosco espaço
Por onde perambulam almas vãs
Procuro pelas cores das manhãs
Vislumbro tão somente o meu cansaço.
E quando pelas nuvens inda passo
Espreito as alegrias vejo as cãs
O cais sonega a volta de amanhãs
Perdidos nesta noite; em que desfaço

Os nós que me atariam ao viver
E os crivos matariam cada sonho
Ainda que longínquo; não componho
Sequer uma ilusão, pois desprazer
Espalha pelo chão as armadilhas
Sonegando os caminhos onde trilhas...

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